Grande BH é a Bola da vez

Belo Horizonte é um município com apenas 330 quilômetros quadrados e quase 2,5 milhões de habitantes. É também uma jovem cidade, tem 116 anos e é a sexta capital do país, mas o crescimento da cidade “está saindo por entre as montanhas”. Em 1893, o então governador Augusto de Lima e o engenheiro Aarão Reis não poderiam imaginar o que ocorreria aqui depois de um século de história. Quando eles analisaram as possibilidades de transferir a capital do estado de Ouro Preto para Belo Horizonte, não vislumbraram que os entraves topográficos para o crescimento físico da capital daquela época voltariam a se repetir.

Agora, com a eminente e absurda proposta da PBH de redução do coeficiente de aproveitamento dos terrenos, estamos quase oficialmente impedidos de crescer. A tendência é que a indústria da construção civil e os cidadãos que não concordarem com a necessidade de pagar aos cofres públicos para obter a outorga onerosa proposta pela PBH devam empreender no entorno da cidade, fomentando nossos vizinhos.

Apesar dos desmandos do governo e do pessimismo da população com essa proposta e com os demais entraves políticos e tributários, quero aqui chamar a atenção para as boas perspectivas em relação ao crescimento e empreendedorismo de projetos visionários na nossa região metropolitana.

Segundo dados do Ministério das Cidades e Fundação João Pinheiro, temos em BH um déficit habitacional de 78 mil moradias e felizmente estamos com vários projetos em estudo e alguns já em fase de implementação. Alguns me chamam muito a atenção especialmente no Vetor Sul e no Vetor Norte, os dois principais polos de maior crescimento urbano.

O grupo empresarial C-Sul, tendo à frente a Construtora Alicerce, a Asamar e o Grupo Votorantim, entre outras empresas, está desenvolvendo um masterplan numa área com nada menos de 27 milhões de metros quadrados às margens de nossa encantadora Lagoa dos Ingleses, na divisa dos municípios de Nova Lima e Itabirito. Serão ocupados 30% e preservados 70% de toda a extensão.

O desafio de elaborar o projeto caberá a Jaime Lerner, arquiteto brasileiro e consultor das Nações Unidas para assuntos de urbanismo. A cidade de Curitiba, cujo plano diretor foi revitalizado por ele, tem 15.447 quilômetros quadrados. Ele aqui terá quase o dobro da área para trabalhar.

A previsão é de que o projeto seja desenvolvido em dois anos com investimento estimado em R$315 milhões. Espera-se para lá nas próximas décadas um amplo desenvolvimento residencial com geração de empregos, prestação de serviços, lazer e crescimento sustentável.

No Vetor Norte, a operação urbana para a região do Isidoro (um projeto também audacioso na última grande área interna da cidade com extensão de 10 quilômetros quadrados) propiciará moradia para milhares de pessoas. Atenderá boa parte da demanda advinda com o crescimento natural da região, especialmente a partir de agora, com as rodovias de acesso a Confins totalmente revitalizadas.

A expansão do aeroporto de Confins e o projeto da Aerotrópolis, bem como a construção do Rodoanel, trarão atrativos significativos para a região muito além do incremento já iniciado com o pólo industrial, de moda e tecnológico.

Tudo isso despertou o interesse do grupo português Design Resorts, que está incorporando em Jaboticatubas o Reserva Real numa área de 10 milhões de metros quadrados. Focado em condomínios de luxo, temáticos e exclusivos, possuirá pista de pouso autorizado pela ANAC, centro hípico, campos de golf e complexo de tênis, hotel, escolas e amplo comércio. Parte do seu sucesso depende do poder público, pois são necessárias melhorias nas estradas de acesso ao empreendimento.

Constata-se que a iniciativa privada continua desenvolvendo projetos excepcionais, incrementando novas frentes de trabalho e moradia para a população. Cabe ao estado gerir os tributos e as contas públicas para implementar infraestrutura necessária e compatível.

Portanto, independentemente da atual indignação e preocupação com a economia e a política do país, ainda acredito que podemos olhar bem além do nosso belo horizonte.

Por: Adriana Magalhães – Colunista Lugar Certo

P.S

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